E aí, galera?

Sejam bem-vindos! Aqui vocês poderão encontrar as matérias trabalhadas em sala de aula e algumas dicas para provas e vestibulinhos. Em caso de dúvidas, pode-se fazer comentários sobre o texto. Sempre que possível, procurarei responder. Boas aulas e Deus os abençoe!

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Quando - Myllena

1 Quando eu quis me aproximar
2 Você fingiu que não me via
3 Quando eu fui me declarar
4 Você fugiu para outra esquina

5 E quando eu quis parar você
6 E quando eu fui te convencer
7 Quando minha mão firmou
8 Você sorriu eu trepidava

9 Quando o furacão passou
10 A tua boca é que ventava
11 Se eu parasse o tempo ali
12 E eu não tivesse mais que ir

REFRÃO:

13 Você me acompanhava e me daria a mão
14 Na sua calmaria eu iria ser vulcão
15 E quando o Sol se for e o frio me tocar
16 É com você que eu vou estar

Tocadores de MP3 já são risco à audição

A24 – Domingo, 3 de agosto de 2008 – O Estado de S. Paulo – Vida & - Comportamento

Aparelhos podem atingir volume tão alto quanto o de uma britadeira


Alexandre Gonçalves

O hábito cada vez mais comum, principalmente entre jovens, de ouvir música em tocadores de MP3 e celulares com o uso de fones de ouvido por longos períodos e volume alto já causa reflexos em consultórios e clínicas médicas: casos freqüentes de pacientes com problemas de audição. Apesar de pequenos, alguns desses aparelhos são capazes de produzir um volume máximo equivalente ao de uma britadeira, algo em torno de 120 decibéis (dB). A legislação brasileira, por exemplo, permite que um operário permaneça só sete miutos por dia exposto, sem proteção auricular, a sons acima de 115 decibéis.

Um dos primeiros sinais de problemas de audição é o aparecimento do “zumbido”, ou seja, um ruído contínuo que parece um chiado. Imagine, por exemplo, uma emissora de televisão fora do ar. O problema pode ser agravado pelos barulhos do dia-a-dia, como trânsito intenso, construção civil e até mesmo músicas com volume alto em festas.



Recomendações:


• Para a maior parte dos tocadores portáteis, convém ouvir música na metade do volume;

• Pergunte às pessoas ao seu redor: se elas ouvem a sua música, abaixe o volume;

• Não aumentar o volume para compensar a poluição sonora do ambiente;

• Preferir modelos de fone que cubram a orelha e não insiram o som dentro do canal auditivo;

• Se aparecer um zumbido ou sensação de ouvido tampado, procure um especialista;

• Dor de cabeça, irritabilidade e insônia são outros sintomas que merecem atenção;

• Vale a pena realizar pausas para descansar o ouvido depois de uma hora de uso;

• Utilizar protetores auriculares em shows e baladas onda há muita música alta.



CONCORDÂNCIA VERBAL

Regra Geral:

O verbo concorda com o sujeito em pessoa e número.

Ex.: O aluno tirou boas notas.

Os alunos saíram mais cedo.



Concordância do verbo com Sujeito Simples

1. Em caso de substantivo coletivo, o verbo fica no singular:

A classe estava muito agitada.

2. Em caso de um pronome de tratamento, o verbo fica na 3ª pessoa:

Vossa Excelência é uma autoridade pública.

Vossas Excelências deveriam dar o exemplo.

3. Em caso de o sujeito ser representado pelo pronome relativo que, o verbo concorda com o antecedente do pronome:

Agora sou eu que vou jogar!



Concordância do verbo com o Sujeito Composto

1. Se o sujeito composto aparece antes do verbo, este fica no plural:

Pai e filho jogam vídeo-game juntos.

2. Se o sujeito composto vem depois do verbo, este concorda com o elemento mais próximo ou fica no plural:

Foi ao cinema a mãe, o filho e a filha.

Foram ao cinema a mãe, o filho e a filha.



Concordância do verbo ser:

1. O verbo ser concorda com o sujeito ou com o predicativo:

A vida é flores e espinhos.

A vida são flores e espinhos.

2. Em caso de o sujeito ou o predicativo se referir a ser humano ou constituir-se de pronome pessoal, a concordância do verbo ser se faz com a pessoa gramatical:

Minha mãe é várias coisas: amiga, conselheira, confidente.

Nossa paixão são nossos filhos.


3. O verbo ser concorda com o predicativo quando indica hora e distância. Nesse caso, ele é impessoal, ou seja, não apresenta sujeito:

É uma hora.

São cinco horas.

Até o mercado mais próximo, é um quilômetro.

Até a padaria são 500 metros.



Casos especiais:

• Quando o verbo transitivo direto aparece apassivado pelo pronome se, concorda com o seu sujeito.

Vendem-se carros   -->   na voz passiva analítica: Carros são vendidos.

Os verbos de ligação, intransitivos e transitivos indiretos, quando seguidos do pronome se, que é um índice de indeterminação do sujeito, ficam na 3ª pessoa do singular, porque seu sujeito é indeterminado:

Precisa-se de operários.


Verbos impessoais:

Verbos que indicam fenômenos da natureza:

Choveu todos os dias.

Verbo haver com o sentido de existir:

dez quilos de papel no depósito.

Verbo haver e fazer quando indicam tempo:

cinco dias que não o vejo.

Faz dez anos que estudamos na mesma escola.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Período Composto por Subordinação

O período composto pode ser organizado por coordenação, como já vimos, e por subordinação. Quando se organiza por subordinação, a oração dita subordinada exerce uma função sintática própria do substantivo, do adjetivo ou do advérbio. De acordo com a função sintática desempenhada pela oração subordinada, ela pode ser denominada:

§ substantiva;

§ adjetiva;

§ adverbial.



Veremos primeiramente a oração subordinada adverbial.



Quando a oração subordinada atua como um adjunto adverbial da oração principal, nós a chamamos oração subordinada adverbial, ou seja, esta oração indica uma circunstância em que ocorre a ação do verbo à qual ela se liga.


Sempre tirava notas boas quando ia à escola.

No caso acima, temos duas orações:

1ª oração: Sempre tirava notas boas.

2ª oração: quando ia à escola.


A primeira oração é a principal. A segunda oração se subordina à primeira, pois cumpre a função sintática de adjunto adverbial, indicando o tempo em que o sujeito tirava notas boas. Nesse caso, a segunda oração é uma oração subordinada adverbial temporal. Perceba que, se isolássemos a segunda oração, seu sentido ficaria incompleto, pois não saberíamos o que acontecia no tempo em que o sujeito ia à escola.


Classificação das Orações Subordinadas Adverbiais


A oração subordinada adverbial classifica-se de acordo com a circunstância que expressa.


§ Oração Subordinada Adverbial Temporal: indica o tempo em que ocorreu o fato expresso na oração principal.

Ex.: Quando houve uma epidemia de gripe, as férias foram prolongadas .

Principais conjunções: quando, enquanto, logo que, assim que, mal, antes que, desde que, depois que, assim que, até que, cada vez que, etc.


§ Oração Subordinada Adverbial Condicional: expressa uma condição ou hipótese para que se ocorra o fato expresso na oração principal.

Ex.: Se houver uma epidemia de gripe, as férias serão prolongadas.

Principais conjunções: se, caso, desde que, a menos que, contanto que, sem que, salvo se, exceto se, etc.


§ Oração Subordinada Adverbial Concessiva: apresenta um fato contrário ao expresso na oração principal, mas incapaz de impedi-lo.

Ex.: Mesmo que houvesse aula, os alunos não viriam à escola.

Principais conjunções: embora, conquanto que, ainda que, mesmo que, se bem que, por mais que, etc.


§ Oração Subordinada Adverbial Proporcional: indica uma proporção em relação ao fato expresso na oração principal.

Ex.: À medida que as noticias sobre a gripe eram publicadas, as pessoas procuravam mais os hospitais.

Principais conjunções: à proporção que, à medida que, ao passo que.


§ Oração Subordinada Adverbial Causal: explica a causa do fato que foi expresso na oração principal.

Ex.: As férias foram prolongadas porque houve uma epidemia de gripe.

Principais conjunções: porque, pois, como (antes da oração principal), por que, uma vez que, visto que, visto como, por isso que, já que, porquanto.


§ Oração Subordinada Adverbial Consecutiva: expressa uma consequência que resulta do fato expresso na oração principal.

Ex.: A gripe se espalhou tão rapidamente que os hospitais ficaram lotados.

Principais conjunções: que (depois de tal, tão, tamanho, tanto), de modo que, de forma que, etc.


§ Oração Subordinada Adverbial Comparativa: estabelece uma comparação em relação a um elemento da oração principal.

Ex.: Como ocorreu em outras epidemias, as escolas foram fechadas.

Principais conjunções: que, do que (depois de mais ou menos), como, assim como, (tanto, tão) quanto, (tal) qual.


§ Oração Subordinada Adverbial Conformativa: estabelece uma concordância entre um fato nela mencionado e outro expresso na oração principal.

Ex.: Conforme consta da Secretaria de Saúde, as férias foram prolongadas.

Principais conjunções: como, conforme, segundo, consoante.


§ Oração Subordinada Adverbial Final: apresenta uma finalidade em relação ao fato expresso na oração principal.

Ex.: As férias foram prolongadas a fim de que a gripe não se espalhe entre os alunos.

Principais conjunções: para que, a fim de que, que.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

JML visita Museu do Futebol

Trinta e oito alunos da Escola Municipal José Maria Lisboa visitaram o Museu do Futebol no último dia 22. Apesar de 45 alunos das oitava série terem sido sorteados, alguns não compareceram no dia.

Os visitantes conheceram a história do futebol e puderam participar de outras atividades como pebolim, cinema 3D e simulador de pênaltis.

"Achei interessante porque não sabia quem havia trazido o futebol para o Brasil", disse Ana, aluna da 8A. De fato, o brasileiro Charles Miller, filho de ingleses, trouxe o futebol para o país no final do século XIX.

O Museu do Futebol fica no estádio do Pacaembu e abre todos os dias, exceto segundas. O ingresso custa R$ 6 e, às quintas, a entrada é gratuita.
Produção Coletiva da 8A

Alunos visitam Museu

No dia 22 deste mês, os alunos do José Maria Lisboa foram ao Museu do Futebol no Pacaembu.

Quatro dias antes do passeio, os professores sortearam 45 estudantes das oitavas da escola. Porém apareceram somente 38.

"Pude interagir de várias maneiras com a exposição", disse Deivid, 8B. Em uma hora e meia, os visitantes conheceram um pouco da história do futebol através do uso de tecnologia como telões, filmes 3D e touchscreen. Era possível até receber imagens via bluetooth.

O museu se encontra aberto todos os dias, exceto segunda, e, às quintas, a entrada é gratuita.
Produção Coletiva da 8B

Alunos vão ao Museu do Futebol

Trinta e oito alunos do Lisboa foram ao Museu do Futebol no dia 22 de setembro, última terça, no Pacaembu.
Os visitantes tiveram a oportunidade de conhecer a história do futebol contada pela tecnologia e por coleções de camisas, flâmulas, chuteiras e bolas.
"Senti a adrenalina de uma torcida qunado entrei em uma espécie de simulador" disse Diego, 8C.
Apesar de ser proibido tirar fotos em alguns lugares do museu, em certos momentos era possível notar alguns flashes. "Não é possível ir a um museu e não registrar os momentos mais emocionantes", diz Erine, também da 8C.
Para os amantes do futebol, o museu é um ótimo lugar para se visitar. Ele se encontra aberto todos os dias, exceto segundas, e, às quintas a entrada é gratuita.

Produção Coletiva da 8C

Alunos vão ao Museu do Futebol

Trinta e oito alunos do José Maria Lisboa foram ontem ao Museu do Futebol no Pacaembu.

Os estudantes conheceram a história do futebol e ficaram impressionados com a tecnologia usada para mostrar a origem e a evolução desse esporte.

"O simulador de torcida fazia a gente se sentir num estádio", disse Gilberto, 8D. Filmes 3D, simuladores e interação digital são algumas das tecnologiasque chamam a atençãodo público do museu.

Contudo, o museu não é feito só de tecnologia, mas também de curiosidades como chuteiras antigas, biografia dos jogadores e camisas de times desconhecidos. Segundo Laís, 8D, "o que me surpreendeu são as diversas formas de se fazer uma bola de futebol".





Produção Coletiva da 8D

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

A Notícia

A notícia é um texto cujo objetivo consiste em informar o leitor de um fato, procurando na maioria das vezes ser objetivo e neutro. No entanto, deve-se olhar com desconfiança para essa neutralidade, pois ao informar o jornal forma a opinião do leitor. É o que notamos em manchetes como "MST invade terra" e "MST ocupa terra", pois se invade o que tem dono e se ocupa o que está desocupado ou vazio. Ao escolher um desses verbos, o jornal se posiciona em relação ao MST (Movimento dos Sem Terra).

As principais características de uma notícia são:
  • uso de orações geralmente curtas;
  • linguagem de fácil acesso sem uso de termos populares ou muito específicos;
  • redação em terceira pessoa.

Uma das características da notícia ou da reportagem é o lide. Vindo do inglês lead, que significa "encabeçar" ou "guiar", essa palavra se refere às informações principais da notícia, geralmente expressas nos dois primeiros parágrafos. Essas informações são:

  • quem;
  • o que;
  • quando;
  • onde;
  • como;
  • por que.

Por exemplo:

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil lança hoje, na sede da entidade, em Brasília, a Campanha Nacional da Fraternidade deste ano. O presidente da CNBB, d. Jaime Chemello, não estará presente à cerimônia, que está prevista para começar às 14h30. (FSP, 28,01,2001, A-6)

O lide da notícia acima tem quem, o que , quando e onde, mas não tem como e por que. Portanto, nem todo lide necessita ter obrigatoriamente todas essas informações.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Exercícios - Período composto por Coordenação

1. Sublinhe os verbos e classifique os períodos em Simples ou Composto:

a. Amanheceu. Vimos os primeiros raios solares enquanto caminhávamos na areia. A brisa do mar ainda era fira quando acordamos do sonho.
b. Lenon casou-se pela segunda vez. Ela era japonesa, inteligente, artista plástica e vivia nos Estados Unidos.

2.Transforme os períodos simples em períodos compostos, acrescentando as conjunções adequadas.

a. Vinicius de Moraes já morreu. Não morreram seus poemas e músicas. Sua criação artística é eterna.
b. Faltava dinheiro para o lazer. O jeito era participar da pelada aos domingos.
c. Observei o comentário do diretor. Percebi o meu engano.

3. Sublinhe os verbos, identifique as conjunções, separe as orações e classifique-as em coordenadas assindéticas e coordenadas sindéticas.

a. As autoridades pedem rigor e exigem a fiscalização dos maus comerciantes.
b. A personagem saiu do quarto, escondeu as lágrimas, saiu pela porta dos fundos.
c. Não beba muito que faz mal.
d. A paciência do pedestre esgotou-se e começou a confusão.
e. Ela sorriu carinhosamente e passou a mão nos cabelos do neto.

4. Classifique as orações coordenadas sindéticas em aditiva, adversativa, alternativa, conclusiva ou explicativa e sublinhe a conjunção empregada.

a. Amanhã eu ligo e digo alguma coisa.
b. É pena, mas hoje não irei à sua casa.
c. Ora íamos ao parque, ora ficávamos no condomínio mesmo.
d. São crianças, portanto precisam brincar.
e. Os adultos deveriam ouvir os mais jovens, pois saberiam de coisas incríveis.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Período Composto por Coordenação

Em um período composto, as orações podem ser coordenadas ou subordinadas. Vejamos primeiramente as coordenadas.

Preparei um café, mas eles foram embora.

1ª oração: Preparei um café,
2ª oração: mas eles foram embora.

No caso acima temos duas orações que se coordenam, ou seja, mantém uma relação de sentido entre si, mas não dependem sintaticamente uma outra. Tanto que posso empregá-las separadamente:

Preparei um café.

Eles foram embora.

Devemos notar também que ao colocá-las uma ao lado da outra, formando um período composto, empregamos o termo mas ligando a segunda oração à primeira. Dessa forma, sempre que tivermos uma conjunção (conector), unindo uma oração à outra, teremos uma oração coordenada sindética.
Observemos outro período composto:

Saí de casa, entrei no carro, fui embora.

No caso acima temos oração que, apesar de formarem um período composto, não se ligam por meio de conjunções. Nesse caso, temos orações coordenadas assindéticas.

Assim, o termo sindética significa a união de uma oração à outra por meio de uma conjunção. Já o termo assindética significa que a oração, ao se ligar à outra, não é introduzida por conjunção.

As orações coordenadas sindéticas classificam-se de acordo com o tipo de relação semântica (de sentido) que estabelecem com outra oração.

Dessa forma, temos os seguintes tipos de orações coordenadas sindéticas:

§ Aditivas: acréscimo
Exemplo: Fui ao cinema e assisti a um filme de terror.
Principais conjunções usadas: e, nem, mas também, como, não só, etc.

§ Adversativas: oposição, contraste
Exemplo: Eu gosto de cinema, mas ele não gosta.
Principais conjunções usadas: mas, porém, todavia, no entanto, entretanto, etc.

§ Alternativas: fatos ou conceitos que se excluem ou se alternam:
Exemplo: Ou ficamos em casa, ou vamos ao cinema.
Principais conjunções usadas: ou, ou ... Ou, ora ... Ora, já ... Já, quer ... quer, etc.

§ Conclusivas: conclusão em relação a um fato expresso na oração anterior.
Exemplo: Estou doente, por isso não vou ao cinema.
Principais conjunções usadas: logo, pois (depois do verbo), portanto, por isso, de modo que, então, etc.

§ Explicativas: explicação de uma declaração feita na oração anterior.
Exemplo: Não assista àquele filme, porque os atores são ruins.
Principais conjunções usadas: porque, que, pois (antes do verbo), etc.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Pesquisa para Produção de Texto sobre Evolução do Homem

1. O que é evolução das espécies?
2. Quem foi Charles Darwin?
3. Qual é a importância da mutação para a evolução das espécies?
4. Qual é a importância da seleção natural para evolução das espécies?
5. O homem veio do macaco?
6. Existe mais de uma explicação sobre a origem do homem?
7. O que é criacionismo?
8. O que é design inteligente?
9. Como você acha que o homem surgiu?

terça-feira, 23 de junho de 2009

De olho nas avaliações!

Salve!

As avaliações bimestrais ocorrerão nas seguintes datas:

8A - 24/6 - 1ª aula (45min)
8B - 24/6 - 2ª aula (45min)
8C - 26/6 - 2ª aula (45min)
8D - 24/6 - 4ª aula (45min)
8E - 24/6 - 5ª aula (45min)

- Caso o aluno venha a faltar, ele deverá apresentar atestado médico.

- A organização das carteiras se dará por ordem numérica dos alunos a partir da mesa do professor. Por exemplo, na primeira fileira o aluno 1 sentará na primeira carteira, mas na segunda fileira o aluno 6 sentará na última carteira, e assim sucessivamente.

- As salas de fora terão no máximo 5 carteiras por fileira e as salas de dentro, 6 carteiras por fileira. Portanto, pelo menos a 8A e D devem se organizar com antecedência para não perder tempo de prova, uma vez que só temos uma aula juntos no dia da avaliação.

- Nenhum aluno poderá sair de sala durante a aula em que acontecer a prova e, após terminada a prova, o aluno deve aguardar no seu lugar com ela virada até que seja recolhida.

O que vai cair na prova?

- interpretação de textos;
- intertextualidade;
- comparação entre textos (tema e forma - parágrafo ou estrofes e versos);
- análise do texto poético;
- gêneros do discurso ou textuais(características;
- denotação e conotação;
- elementos de poema (verso, estrofe, rima, ritmo, aliteração...);
- soneto (tipo de poema);
- figuras de linguagem: metáfora, comparação, antítese, paradoxo, eufemismo, hipérbole, sinestesia e personificação.

Enfim, estudem para não tirar um F! (brincadeira)

Tirando dúvidas - Figuras de Linguagem

A primeira dúvida se refere à diferença entre metáfora e comparação.

Nas duas figuras comparamos seres, coisas, elementos diferentes a partir de algo que ambos possuem. Vejamos: quando dizemos que Ulisses é um leão, comparamos o leão a Ulisses devido ao fato de os dois possuírem força e coragem. Se nossa frase é construída por meio de alguma palavra comparativa, então temos a figura de linguagem comparação. Por exemplo:

Ulisses é como um leão.
Ulisses parece um leão.
Ulisses se assemelha a um leão.
Assim como um leão, é Ulisses.

Se omitimos qualquer palavra comparativa, então temos metáfora:

Ulisses é um leão.

A metáfora pode ser construída de diversas formas. Por exemplo, se desejo comparar minha amada a um anjo, poderia construir a metáfora de várias maneiras:

Minha amada é um anjo!
Meu anjo! (me dirigindo a minha amada)
As asas angelicais de minha amada me acolhem e protegem.

Outra possível dúvida é referente à diferença entre antítese e paradoxo.
Na frase:
Amar é estar às vezes triste, às vezes feliz.

eu tenho duas palavras opostas (feliz x triste) e digo que amar é em certos momentos sentir uma coisa e em outros momentos sentir outra totalmente diferente. Nesse caso, temos antítese.

Agora na frase:

Amar é estar ao mesmo tempo triste e feliz.

eu tenho também duas palavras opostas (feliz x triste), contudo eu digo que amar é ao mesmo tempo sentir uma coisa e outra. Considerando que é impossível a uma pessoa sentir as duas coisas ao mesmo tempo, temos nesse caso paradoxo, pois se constitui uma ideia que, a princípio, parece absurda, mentirosa.

Análise de Poema - outra leitura

Leia o seguinte poema:
1 Discreta e formosíssima Maria,
2 Enquanto estamos vendo a qualquer hora
3 Em tuas faces a rosada Aurora,
4 Em teus olhos e boca o Sol e o dia:
5 Enquanto com gentil descortesia
6 O ar, que fresco Adônis te namora,
7 Te espalha a rica trança voadora,
8 Quando vem passear-te pela fria:
9 Goza, goza da flor da mocidade,
10 Que o tempo trota a toda ligeireza,
11 E imprime em toda a flor sua pisada.
12 Oh, não aguardes, que a madura idade
13 Te converta em flor, essa beleza
14 Em terra, em cinza, em pó, em sombra, em nada.
O poema acima pertence a Gregório de Matos, poeta do século XVII de origem portuguesa, mas que viveu na Bahia. Como vocês verão no Ensino Médio, ele pertence a um movimento artístico chamado Barroco.
Primeiramente, compreendamos o poema. Na primeira estrofe, o poeta se dirige à sua amada e futura esposa dizendo que o rosto dela é como o nascer do dia. Na segunda estrofe, ainda admirando a beleza dela, o poeta diz que o vento nos cabelos de sua amada é como se a divindade dos ventos (Adônis) quisesse namorá-la. Diante de tamanha beleza, o poeta, na terceira estrofe, aconselha-a a aproveitar a juventude e faz um alerta: o tempo passa rápido e nem sempre ela será tão bonita quanto é. Na última estrofe, ainda estimulando a amada a aproveitar a vida, o poeta aconselha-a a não esperar o envelhecimento e a morte.
Assim, notamos que o poema nos mostra como o tempo passa implacavelmente para o ser humano, que tende a perder a beleza da juventude.
Notamos também que, quanto à forma, o poema é um "soneto", uma vez que é composto de 14 versos divididos em dois quartetos e dois tercetos.
Ao comparar a amada ao nascer do dia, o poeta cria uma metáfora, pois ele compara duas coisas diferente que têm em comum a beleza.
Há outras metáforas na 3ª estrofe, uma vez que ele compara a mocidade a uma flor, devido ao fato de as duas serem belas e passageiras, e compara o tempo a um cavalo, pois ambos são velozes e implacáveis.
O fato de "o tempo trotar" poderia também caracterizá-lo como uma personificação, já que estamos conferindo uma atitude própria de ser vivo a uma ser não vivo.
Por fim, o poeta, que antes tinha comparado sua amada ao nascer do dia, algo que ocorrerá mais vezes, agora a compara a uma flor, que não dura tanto tempo. E a partir da flor o poeta diz que um dia a amada se transformará "em terra, em cinza, em pó, em sombra, em nada", indicando que, como todo ser humano, ela envelhecerá e morrerá.

Aliteração

Aliteração é a repetição de sons consonantais ou de sílabas em duas ou mais palavras, dentro do mesmo verso, estrofe ou frase.
O seu efeito sonoro é usado de propósito em textos do gênero literário a fim de gerar musicalidade e contribuir para o ritmo do poema. Os poetas utilizam a aliteração para sugerir ruídos da natureza . Vejamos um exemplo:

"O tempo trota a toda ligeireza" (G. Matos)

No caso acima o poeta usa o som do t com o objetivo de sugerir o "trotar" do cavalo, ao qual o tempo é comparado.

"Vozes veladas, veludosas vozes
volúpias dos violões, vozes veladas
vagam nos velhos vórtices velozes
dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas" (C. Souza)

Já no caso acima, temos aliterações com o som das consoantes v, z e s com o objetivo de sugerir o som de diversas vozes aos mesmo tempo.

Lembre-se de que aliteração não é a repetição de uma letra, mas de um som consonantal (fonema). Veja o exemplo:

"Na messe, que enlourece, estremece a quermesse" (E. Castro)

No verso que acabamos de ler o som consonantal do "s" é reproduzido pelas letras s e c, formando uma aliteração.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Figuras de Linguagem

Figuras de linguagem são efeitos produzidos no texto por meio de certas estratégias de composição. Veremos primeiramente oito delas. No segundo semestre veremos outras.

Metáfora - consiste em empregar um termo com significado diferente do usual, com base numa relação de semelhança entre características dos dois elementos comparados.

Exemplo: Aquele guerreiro é um leão.

Termos comparados: guerreiro = leão.
"Guerreiro" e "leão" têm em comum a força e a coragem.

Outros exemplos: "Sou um grão de areia" (R. Russo)
Neste caso o eu-lírico se compara a um grão de areia por se considerar igualmente pequeno perto do universo.

Comparação - Consiste também em comparar dois elementos, mas aqui, ao contrário da metáfora, a comparação é feita por meio de conectivos - como, tal qual, assim como, semelhante a... - ou verbos - parece, assemelha-se...

Exemplo: Aquele guerreiro é como um leão.

Antítese - consiste na aproximação em uma frase, verso, estrofe, parágrafo de palavras de sentido oposto, contrário.

Exemplo: Na branca areia havia uma mancha negra.

Paradoxo - também é formado por palavras de sentido oposto, contrário; contudo, no paradoxo há uma ideia à primeira vista absurda, que parece uma mentira.

Exemplo: (Amor) é um contentamento descontente. (Camões)
Perceba que neste caso sabemos que descontente é um adjetivo que afeta o substantivo contentamento. O paradoxo é: como pode haver um contentamento que é descontente?

Eufemismo - consiste em substituir uma expressão por outra menos brusca; em síntese, procura-se suavizar alguma afirmação desagradável.

Exemplo: Ele enriqueceu por meios ilícitos. (em vez de ele roubou)

Hipérbole - é, de certa forma, o contrário do eufemismo, pois nele se exagera uma ideia a fim de gerar impacto no leitor.

Exemplo: Rios te correrão dos olhos, se chorares. (O. Bilac)

Personificação - consiste em atribuir a seres inanimados características próprias de seres animados.


Exemplo: O vento uivava lá fora.
Uivar é próprio do lobo, que é um ser vivo.

Sinestesia - fusão de sensações diferentes numa mesma expressão.

Exemplo: Olivia tinha uns olhos quentes. (C. Lispector)
Aqui se funde o sentido da visão (como os olhos de Olívia são vistos) com o sentido do tato (calor).

Não deixem de consultar os demais exemplos dados em aula e os exercícios que fizemos.

Análise do Poema II - aplicando os conceitos

Soneto de Fidelidade

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

Número de versos: 14
Nùmero de estrofes: 4

Percebemos no poema acima que ele tem 14 versos divididos em quatro estrofes. Duas estrofes têm 4 versos (são chamadas de quartetos) e outras duas têm 3 versos (são chamadas de tercetos).
Sempre que um poema tiver 14 versos divididos em 2 quartetos e 2 tercetos, nós o chamaremos de soneto.
Se notarmos o final de cada verso, encontraremos sons coincidentes que obedecem a uma organização. Esses sons coincedentes são chamados rimas. Veja: atento-tanto-encanto-pensamento/ momento-canto-pranto-contentamento / procure-vive-ama / tive-chama-dure.
Se atribuíssemos um número para cada rima diferente usada pelo poeta, teríamos a seguinte sequência, como vimos em aula, 1-2-2-1/1-2-2-1/4-5-6/5-6-4 (ou em letras: abba/abba/cde/dec). Assim, podemos concluir que o poeta não distribui as rimas aleatoriamente, mas obedece a uma sequência, afim de gerar um efeito rítmico e melódico.
Passemos, agora, para a compreensão do poema:
É importante notar que o poeta, ao compor o poema, costuma inverter a ordem das palavras, a fim de encaixá-las na forma que ele pretende usar: por exemplo, um soneto. Então na primeiro verso do poema, onde lemos: "De tudo ao meu amor serei atento", se organizarmos na ordem de sujeito-verbo-complemento, teremos "(eu) serei atento ao meu amor de tudo" ou "De tudo (eu) serei atento ao meu amor".
Nas duas primeiras estrofes o poeta faz uma promessa à amada. Essa promessa consiste em ser fiel à amada em todas as situações, vivendo o amor nos momentos alegres e tristes. Já nas duas últimas estrofes ele diz que quando a morte ou a solidão vierem ao seu encontro, ele poderá dizer que viveu o seu amor (e sua fidelidade) intensamente enquanto seu amor durou, pois o amor, segundo o poeta, não dura para sempre.
Reparem que no verso "amor é chama" ele estabelece uma comparação entre os dois elementos. O amor é chama porque aquece, ilumina, mas também porque, como a chama, não dura para sempre, apaga-se. Aqui temos uma metáfora, como aprendemos em sala.

Análise do Poema I - alguns conceitos

Alguns conceitos referentes ao estudo da poesia:
Poema é um tipo de texto composto geralmente (nem sempre) de versos e estrofes, com ritmo e linguagem subjetiva (que expressa pensamentos, sentimentos ou emoções do sujeito).
Ritmo - as palavras no poema valem mais por sua sonoridade do que por seu significado. Por isso elas são organizadas no texto poético de modo que produzam efeitos rítmicos e melodiosos. Para isso, costuma-se repetir letras, vogais ou mesmo usar rimas e versos com um mesmo número de sílabas poéticas (para saber mais pesquise o termo em negrito no Google, por exemplo).
Verso - linha que forma o poema. A palavra "verso" vem do latim "vertere" e significa "voltar, retornar". Assim, como a música, o poema é feito de sons e pausas que contribuem para conferir ritmo ao poema.
Estrofe - é um agrupamento de versos separado de outro agrupamento geralmente por um espaço em branco (uma linha).
Rima - repetição de um mesmo som ou sons muito parecidos no final de versos.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Trabalho sobre Poesia

Valor do trabalho: até 10 pontos.

Data de Entrega: até 1º de junho.

Ler a obra de um poeta indicado pelo professor (cada aluno recebeu o nome de um poeta diferente) e selecionar cinco poemas dele, sendo que pelo menos um deve ter por tema o amor.

Os poemas devem ser transcritos em uma folha de almaço.

A capa pode ser impressa e deve conter nome, número e série do aluno. Além disso, deve vir destacado na capa o nome do poeta pesquisado.

No final do trabalho, deve constar a fonte de onde foram tirados os poemas, no caso o livro ou o site. A isso chamamos bibliografia.

DICAS DE ALGUMAS LUGARES PARA PESQUISA:

- Sala de Leitura da Escola;
- Biblioteca Amadeu Amaral.

DICAS DE SITES NA INTERNET:

http://www.jornaldepoesia.jor.br/

Uma forma de encontrar o poeta que você deve pesquisar é colocar o nome dele em um site de busca (Yahoo ou Google). Só que tomem cuidado, pois existem muitos sites ruins e com informações duvidosas. Por isso, pesquisem em mais de um site.

Denotação e Conotação

Denotação é o emprego da palavra com o significado tal qual encontramos no dicionário, sentido literal.
A bomba explodiu no tempo marcado.
Conotação é o emprego da palavra com significado diferente do dicionário, figurado, metafórico.
Meu coração explodiu de emoção.
Toda palavra pode ser usada em sentido denotativo ou conotativo. É necessário analisar a oração ou o contexto no qual ela se insere para que saibamos em que sentido está sendo usada.
Do mesmo modo os textos podem ser predominantemente denotativos ou conotativos.
Veja abaixo um exemplo de texto predominantemente conotativo:


Os anjos - Legião Urbana

Hoje não dá
Hoje não dá
Não sei mais o que dizer
E nem o que pensar
Hoje não dá
Hoje não dá
A maldade humana agora não tem nome
Hoje não dá
Pegue duas medidas de estupidez
Junte trinta e quatro partes de mentira
Coloque tudo numa forma
Untada previamente
Com promessas não cumpridas
Adicione a seguir o ódio e a inveja
As dez colheres cheias de burrice
Mexa tudo e misture bem
E não se esqueça: antes de levar ao forno
Temperar com essência de espirito de porco
Duas xícaras de indiferença
E um tablete e meio de preguiça
Hoje não dá
Hoje não dá
Está um dia tão bonito lá fora
E eu quero brincar
Mas hoje não dá
Hoje não dá
Vou consertar a minha asa quebrada
E descansar
Gostaria de não saber destes crimes atrozes
É todo dia agora e o que vamos fazer?
Quero voar p'ra bem longe mas hoje não dá
Não sei o que pensar e nem o que dizer
Só nos sobrou do amor
A falta que ficou.


No texto acima, predomina a linguagem conotativa, pois a "receita" dada na música tem por ingredientes palavras que não podem ser medidas como medimos alimentos. Trata de uma metáfora, de linguagem figurada.
Convém observar ainda que o texto acima pertence ao gênero LETRA DE MÚSICA. Contudo, o autor se inspira em outro gênero, RECEITA, para compor sua canção.
As características frequentes em uma LETRA DE MÚSICA são muito parecidas com as do poema: rima, estrofe, ritmo, linguagem subjetiva. Já a RECEITA é um texto instrucional e se caracteriza por verbos que indicam ordem (modo imperativo, às vezes, modo infinitivo), medidas. Além disso, geralmente a receita se compõe de duas partes: ingredientes e modo de fazer.
Atenção! Uma receita comum seria um texto em que predomina a linguagem denotativa. Ex.: Pudim de Chocolate.

Estrangeirismos

Estrangeirismo ou peregrinismo é o uso de palavra, expressão ou construção estrangeira que não tenha equivalente vernácula em nossa língua. Segue abaixo a letra de música "Samba do Approach" que faz uma brincadeira com anglicismos (palavras de origem inglesa) e galicismos (palavras de origem francesa).



Samba do Approach

Zeca Baleiro

REFRÃO
Venha provar meu brunch
Saiba que eu tenho approach
Na hora do lunch
Eu ando de ferryboat (x2)

Eu tenho savoir-faire
Meu temperamento é light
Minha casa é hi-tech
Toda hora rola um insight
Já fui fã do Jethro Tull
Hoje me amarro no Slash
Minha vida agora é cool
Meu passado é que foi trash

REFRÃO

Fica ligada no link
Que eu vou confessar, my love
Depois do décimo drink
Só um bom e velho Engov
Eu tirei o meu Green Card
E fui pra Miami Beach
Posso não ser pop star
Mas já sou um noveau riche

REFRÃO

Eu tenho sex-appeal
Saca só meu background
Veloz como Damon Hill
Tenaz como Fittipaldi
Não dispenso um happy end
Quero jogar no dream team
De dia um macho man
E de noite drag queen


Possíveis significados para as palavras:

brunch - refeição que se toma quando se acorda tarde
approach - aproximação, avizinhação
lunch - almoço
ferryboat - balsa, barco de passagem
savoir-faire - habilidade, esperteza
light - suave (neste sentido da música)
hi-tech - alta tecnologia
insight - ideia brilhante
jethro tull - uma banda de rock progressivo
cool - legal
trash - coisa sem valor, refugo, escória, pessoa sem valor
love - amor
drink - bebida
green card - visto americano
noveau riche - novo rico
sex-appeal - atraente do ponto de vista sexual
background - fundo, segundo plano, fundamento
happy end - final feliz
dream team - seleção americana de basquete
macho man - machão
drag queen - homem que se veste de mulher

sábado, 2 de maio de 2009





ESTUDO DO PREDICADO
Predicado é o termo da oração que contém o verbo. Apesar de o sujeito e o predicado serem termos essenciais da oração, há casos (com verbos impessoais) em que a oração não possui sujeito. Mas, se a oração é estruturada em torno de um verbo e ele está contido no predicado, é impossível existir uma oração sem predicado.

Exemplo:
Nós jogamos futebol. (Sujeito = Nós / Predicado = jogamos futebol)
Ventou muito forte a noite passada. (Sujeito = não tem / Predicado = Ventou muito forte a noite passada)

Predicação do Verbo
Há verbos que expressam ação, ou seja, eles são significativos. Podemos dividi-los em intransitivos e transitivos.

Verbo Intransitivo (VI): é aquele que traz em si a ideia completa da ação, ou seja, ele não precisa de nenhum termo que complete o seu sentido; por isso, ele não transita.
Exemplo: O sol nasceu. / João morreu. / Andreia saiu.
O raciocínio que devemos construir aqui é Quem nasce, nasce. / Quem morre, morre. / Quem sai, sai.
Percebam que o verbo não necessita de outra palavra que complete seu sentido.

IMPORTANTE: o verbo intransitivo poderá aparecer sozinho ou acompanhado de alguma palavra ou expressão que indique lugar, tempo, modo, intensidade. Vale a pena lembrar que essas expressões ou palavras são serão complementos do verbo, mas simplesmente indicam as circunstâncias em que a ação ocorreu. Nós as chamaremos adjuntos adverbiais.

Verbo Transitivo: é aquele que NÃO traz em si a ideia completa da ação, necessitando, portanto, de um outro termo para completar o seu sentido, ou seja, sua ação transita.
Esses tipos de verbo serão divididos da seguinte forma:

Verbo Transitivo Direto (VTD): a ação transita diretamente para o complemento, sem o auxílio necessário de complemento – no caso o objeto direto (OD) -, não exigindo preposição.
Exemplo: Nós compramos um carro. (Predicado: compramos um carro / VTD: compramos / OD: um carro)

Verbo Transitivo Indireto (VTI): a ação transita indiretamente para o complemento – no caso o objeto indireto (OI) -, por meio de preposição.
Exemplo: Ela gosta de samba. (Predicado: gosta de samba / VTI: gosta / OI: de samba)

Verbo Transitivo Direto e Indireto (VTDI): apresenta dois complementos (objeto direto e objeto indireto).
Exemplo: Demos um presente a Válter. (Predicado: demos um presente a Válter / VTDI: demos / OD: um presente / OI: a Válter)

Verbo de Ligação (VL): é aquele que, expressando estado, liga características ao sujeito, estabelecendo entre eles (sujeito e características) certos tipos de relações.
Exemplo: Joana estava quieta. (Predicado: estava quieta / VL: estava / Predicativo: quieta)
É importante lembrar que a essas características que se ligam ao sujeito por meio de Verbo de Ligação chamaremos predicativos.
Principais verbos de ligação: ser, estar, parecer, permanecer, continuar, ficar.








Complementos Verbais
Os complementos verbais são termos integrantes da oração. Eles completam o sentido de verbos transitivos diretos e indiretos. São complementos verbais:

Objeto Direto (OD): é o termo que completa o sentido do verbo transitivo direto, ligando-se a ele sem o auxílio necessário da preposição.
Exemplo: Ele tem um Playstation III. (OD: um Playstation III)

Objeto Indireto (OI): é o termo que completa o sentido do verbo transitivo indireto, ligando-se a ele por meio de preposição.
Exemplo: Eu acredito em Deus. (OI: em Deus / Preposição: em)

IMPORTANTE: as principais preposições são a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás. Vale lembrar que às vezes a preposição está fundida com um artigo; é o caso de ao, aos, à, às, do, dos, da, das, pelo, pelos, pela, pelas, no, nos, na, nas etc.


FIQUE LIGADO: aqueles que pretendem prestar provas para vestibulinhos e bolsas no fim do ano podem se aprofundar um pouco mais pesquisando o que são objetos diretos preposicionados, pronomes oblíquos como objetos diretos, objeto pleonásticos... Para saber mais, basta jogar os termos citados na busca do Google ou do Yahoo.









Tipos de Predicado
Segundo a informação contida no predicado, ele pode ser: verbal, nominal ou verbo-nominal.

Predicado Verbal: é aquele informa uma ação, ou seja, ele é contruído tendo por núcleo o verbo de ação.
Exemplo: Carlos corre todos os dias. Lutamos por um vida melhor. Eles fazem muitos planos. Precisaram de um novo caderno.
O predicado verbal é formado por verbo transitivo ou intransitivo.
O núcleo do predicado verbal é o verbo. Nos exemplos acima seria: corre, lutamos, fazem, precisaram.

Predicado Nominal: é aquele que informa um estado do sujeito. Nesse predicado o verbo é de ligação.
Exemplo: Eu fiquei triste. Ela estava feliz. Nós permanecemos parados.
O núcleo do predicado nominal é o predicativo. Nos exemplos acima seria triste, feliz, parados.


FIQUE LIGADO: Como não veremos o predicado verbo-nominal por motivo de tempo, já que se trata de uma revisão, recomendo que os interessados busquem tanto predicado verbo-nominal quanto predicativo do sujeito e predicativo do objeto nos sistemas de busca do Google e do Yahoo.

Baseado em: PASCHOALIN, Maria Aparecida. Gramática: teoria e exercícios. São Paulo: FTD, 1996.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

FIQUE LIGADO NAS AVALIAÇÕES!

Saudações, galera!

As avaliações bimestrais ocorrerão nas seguintes datas:

8A - 22/4 - 1ª aula (45min)
8B - 22/4 - 2ª aula (45min)
8C - 24/4 - 3ª aula (45min)
8D - 22/4 - 4ª aula (45min)
8E - 22/4 - 5ª aula (45min)

- Caso o aluno venha a faltar, ele deverá apresentar atestado médico.

- A organização das carteiras se dará por ordem numérica dos alunos a partir da mesa do professor. Por exemplo, na primeira fileira o aluno 1 sentará na primeira carteira, mas na segunda fileira o aluno 6 sentará na última carteira, e assim sucessivamente.

- As salas de fora terão no máximo 5 carteiras por fileira e as salas de dentro, 6 carteiras por fileira. Portanto, pelo menos a 8A e D devem se organizar com antecedência para não perder tempo de prova, uma vez que só temos uma aula juntos no dia da avaliação.

- Nenhum aluno poderá sair de sala durante a aula em que acontecer a prova e, após terminada a prova, o aluno deve aguardar no seu lugar com ela virada até que seja recolhida.

O que vai cair na prova?

- interpretação de textos;
- intertextualidade;
- comparação entre textos (tema e forma - parágrafo ou estrofes e versos);
- análise do texto poético (características e linguagem do poema e da letra de música);
- gêneros do discurso ou textuais e esferas de atividade (características);
- tonicidade e acentuação (Regras);
- ortografia;
- frase, oração, período (simples e composto);
- sujeito, núcleo do sujeito, tipos de sujeito;
- polissemia e ambiguidade;
- características do parágrafo (construção e convenções da escrita);
- porque, por que, porquê, por quê;
- marcas de oralidade na escrita.


Enfim, estudem para não tirar um F! (brincadeira)

FRASE, ORAÇÃO, PERÍODO

A frase é o enunciado completo, capaz de extrair comunicação, ou seja, aquilo que falamos ou escrevemos e que é entendido por outras pessoas.
Na frase é facultativo o uso do verbo.
Exemplos:
Atenção!
Que frio!
A China passa por dificuldades.
Silêncio.

Já a oração é o enunciado com sentido que se estrutura em torno de um verbo ou locução verbal.
Exemplos:
Rosana terminou a leitura do livro.
Eu preciso ir ao shopping.
Fomos para uma balada.
Choveu.

IMPORTANTE: NEM TODA FRASE É UMA ORAÇÃO
Exemplo: Que dia bonito!
Esse enunciado é frase porque tem sentido.
Esse enunciado não é oração porque não tem verbo.

Por fim, o período é a frase organizada com uma ou mais orações.
Exemplo:
Que saudades sentíamos dos amigos.
As janelas fecharam-se e a família saiu.

O Período pode ser dividido em Período Simples e Período Composto.
Período Simples: possui apenas uma oração.
Exemplo:
Os meninos conversavam numa roda.
Uma forte chuva vai cair daqui a pouco.
Em “vai cair” temos uma locução verbal, que é a junção de um verbo auxiliar (ser, estar, ter, haver...) com o infinitivo (ex.: cair), gerúndio (ex.: caindo) ou particípio (ex.: caído) de um verbo principal. Nesses casos, contamos como 1 verbo e, portanto, 1 oração.
Período Composto: possui duas ou mais orações.
Exemplo:
Era madrugada, não havia gente na rua, estava muito frio. (3 verbos = 3 orações = período composto).

DICA: A maneira prática de saber quantas orações existem num período é contar os verbos ou locuções verbais.

GÊNEROS DO DISCURSO

As atividades humanas estão sempre relacionadas com o uso da linguagem, seja verbal, seja não verbal.
Essas atividades podem ser organizadas em esferas de atividades. Por exemplo, existe a esfera familiar, a publicitária, a jornalística, a artística, a política, a jurídica, a escolar, a científica, e assim por diante.
Em cada uma dessas esferas são produzidos textos mais ou menos parecidos entre si. Por exemplo, na esfera doméstica e gastronômica podemos ler e escrever diferentes receitas. Apesar da diferença quanto aos ingredientes e ao modo de fazer, todas elas são receitas.
Na esfera jornalístia, podemos ler diferentes notícias. Como textos, elas são diferentes entre si, mas todas elas possuem algo em comum que faz com que sejam notícias: informam sobre um acontecimento e apresentam uma estrutura (o que, quando, onde, como, por que...) e uma linguagem semelhantes.
Tanto a receita quanto a notícia são consideradas gêneros do discurso. Também são gêneros do discurso textos como carta pessoal, email, requerimento, entrevista, debate, conto etc.
Assim, gêneros do discurso são textos que circulam em determinadas esferas da atividade humana e que, com pequenas variações, apresentam tema, estrutura e linguagem semelhantes.
É importante que saibamos identificar os diversos gêneros por meio de suas características e tipo de linguagem empregada, como temos feito em sala de aula. Por exemplo: a presença de versos e estrofes, rimas, linguagem subjetiva pode indicar que se trata de um texto cujo gênero seja Poema.
Da mesma forma, quando se pede que escrevamos uma notícia de jornal, temos de “imitar” todas aquelas características desse gênero, ou seja, informar sobre um fato contando o que, quando, onde, como e por que com uma linguagem que podemos chamar tipicamente jornalística.
Adaptado do livro Português: Linguagens, Cereja e Magalhães

INTERTEXTUALIDADE

Em poucas palavras, podemos dizer que a intertextualidade é o diálogo entre dois textos. Sempre que um texto “recordar” um outro texto produzido antes dele teremos intertextualidade. Ela é explícita se o autor indica de onde foi tirada a citação feita por ele, mas nos textos mais comuns a intertextualidade aparece de forma implícita, daí a importância de conhecermos os textos mais célebres da nossa cultura, bem como seus autores.

Em sala, vimos o caso do poema “Estatuto do Homem”, de Thiago de Mello (http://www.jornaldepoesia.jor.br/tmello.html#estat). Nesse texto, o autor cita um texto bíblico produzido pelo profeta Isaías quando diz:

Artigo VI
Fica estabelecida, durante dez séculos,
a prática sonhada pelo profeta Isaías,
e o lobo e o cordeiro pastarão juntos
e a comida de ambos terá o mesmo gosto de aurora.

Lembre-se de que na intertextualidade um autor só pode citar outro autor contemporâneo ou anterior a ele, pois não é possível citar textos que ainda serão produzidos, já que eles não existem e nem circulam.

TONICIDADE E ACENTUAÇÃO

Antes de explicar as regras de acentuação, precisamos recordar a classificação das palavras pela posição da sílaba tônica.

É importante lembrar que todas as palavras têm uma sílaba tônica, recebam ou não acento gráfico. Assim:

Palavras oxítonas são aquelas em que a sílaba tônica é a última. Ex.: café, cipó, sofá.

Palavras paroxítonas são aquelas em que a sílaba tônica é a penúltima. Ex.: batata, perna, colégio.

Palavras proparoxítonas são aquelas em que a sílaba tônica é a antepenúltima. Ex.: lâmpada, célere, rápido.

Agora, passemos às regras de acentuação:

- As oxítonas terminadas em a, as, e, es, o, os e em, ens são acentuadas;
Exemplo: sofá(s), chalé(s), cipó(s), armazém(ns)

- As oxítonas terminadas nos ditongos abertos éu, éi, ói (seguidos ou não de s) são acentuadas;
Exemplo: réu, céu, chapéu, papéis, fiéis, herói

- As paroxítonas terminadas em r, i (is), n, l, us, x e um (uns), ã (ãs), ps e ditongos crescentes (ia, ie, io, ua, ue, uo, ea, eo, oa) são acentuados;
Exemplo: caráter, júri, hífen, túnel, vírus, córtex, álbum(uns), órfã, bíceps, pária, série, armário, água, área, aéreo, mágoa

- todas as proparoxítonas são acentuadas;
Exemplo: bípede, América, rápido

- os monossílabos tônicos terminados em a, as, e, es, o, os são acentuados;
Exemplo: já, pás, lê, pés, pó, nós

- o i e o u tônicos, quando sozinhos na sílaba, ou seguidos de s, exceto quando a sílaba seguinte for iniciada por nh;
Exemplo: saúde, saída, baú, faísca, raízes

IMPORTANTE: o acento gráfico ´ ou ^ sempre irão na sílaba tônica da palavra.

ESTUDO DO SUJEITO

Sujeito é o ser (pessoa, objeto, monstro, entidade, palavra, letra oração, número, imagem, pensamento, abstração, sentimento, estado de espírito) sobre o qual se faz uma declaração, uma atribuição.

Para identificar o sujeito geralmente perguntamos quem ou que realizou a ação. Por exemplo, na oração “Eu comprei um carro”, pergunta-se “Quem comprou um carro?” e tem-se por resposta “Eu”. Ou ainda, “O lápis está sem ponta”, pergunta-se “O que está sem ponta?” e tem-se por resposta “O lápis”.

O núcleo é a palavra central do sujeito, em torno da qual podem aparecer palavras secundárias. Por exemplo, em “Os colegas de Mário foram ao Playcenter”, o núcleo do sujeito é “colegas”.
Sujeito Simples: possui apenas um núcleo e este vem exposto.
Exemplos:
Deus é perfeito!
A cegueira lhe torturava os últimos dias de vida.
Pastavam vacas brancas e malhadas.

Sujeito Composto: possui dois ou mais núcleos que também vêm expressos na oração.
Exemplos:
As vacas brancas e os touros pretos pastavam.
A cegueira e a pobreza lhe torturavam os últimos dias de vida.
Fome e desidratação são agravantes das doenças daquele povo.

Sujeito Oculto: é determinado pela desinência verbal e não aparece explícito na frase. Dá-se por isso o nome de sujeito implícito.
Exemplos:
Compramos muitas roupas no shopping (sujeito: nós)
Pensei em você ontem. (sujeito: eu)

Sujeito Indeterminado: Este tipo de sujeito não aparece explícito na oração por ser impossível determiná-lo, apesar disso, sabe-se que existe um agente ou experienciador da ação verbal.
O Sujeito Indeterminado ocorre nos seguintes casos:
1- verbo na 3ª pessoa do plural
Dizem que a família está falindo. (alguém diz, mas não se sabe quem)
Disseram que morreu do coração.
2- verbo na 3ª pessoa do singular + se ( índice de indeterminação do sujeito)
Precisa-se de mão de obra especializada. (não se pode determinar quem precisa)

Sujeito Inexistente: também chamado de oração sem sujeito, é designado por verbos que não correspondem a uma ação, como fenômenos da natureza, entre outros.
O Sujeito Inexistente ocorre nos seguintes casos:
1- Verbos indicando Fenômeno da Natureza
Choveu na Argentina e fez sol no Brasil.
2- verbo haver no sentido de existir ou ocorrer
Houve um grave acidente na avenida principal.
Há pessoas que não valorizam a vida.
3- verbo fazer indicando tempo ou clima
Faz meses que não a vejo.
Faz sempre frio nesta região do estado.


IMPORTANTE: Quando ocorre sujeito oculto, indeterminado ou oração sem sujeito toda a oração é considerada predicado.

NÃO CONFUNDA as seguintes questões:
Na oração “Meu filho joga futebol de salão”,
- se perguntado: Quem é o sujeito?, a resposta é “Meu filho”;
- se perguntado: Qual é o núcleo do sujeito?, a resposta é “filho”;
- se perguntado: Que tipo de sujeito?, a resposta é “Sujeito Simples”.

DICA PARA ANÁLISE DE POEMA E LETRA DE MÚSICA

Para compreender melhor este tópico, consulte o texto Eu, etiqueta, de Carlos Drummond de Andrade no seguinte link: http://www.olhoscriticos.com.br/modules/smartsection/item.php?itemid=103

Procure as palavras mais importantes do texto. Às vezes elas são repetidas no texto algumas vezes. De qualquer forma, procure ler verso a verso do poema ou canção e procurar aquelas palavras que geram mais impacto ou surpresa ao leitor. Por exemplo:
Com que inocência demito-me de ser
A construção demito-me de ser é inédita neste poema e não é esperada, pois o verbo demitir não costuma ser empregado com este sentido. Pense um pouquinho. Se pensarmos o que é “demitir-se de ser”, o primeiro significado seria “deixar de existir”, o que nos leva a pensar em “deixar de viver”, “morrer”. Como o poeta usa o pronome oblíquo “me”, podemos entender que ninguém o “demitiu da vida”, mas ele mesmo o fez. Dessa forma, fora de contexto entenderíamos que seria lógico pensar em suicídio.
Contudo, considerando os versos anteriores do poema, sabemos que ele está falando da anulação do ser por causa do consumo, isto é, de alguém não tem identidade porque esta lhe foi roubada pelos produtos que costuma usar. Assim, entendemos que “demito-me de ser” pode significar perder a identidade de sujeito.

Vamos um pouco mais além, veja os seguintes versos:
Objeto pulsante mas objeto
Que se oferece como signo dos outros
Objetos estáticos, tarifados.
A palavra mais repetida nos versos acima é objeto. Com a ajuda da análise do verso anterior, sabemos que o eu-lírico deixou de ser um sujeito, perdeu a identidade, passando a ser agora um objeto. Objeto pulsante porque mesmo sem identidade continua tendo vida ou, pelo menos, sangue correndo em suas veias. Este objeto pulsante se oferece como signo (símbolo, sinal) de outros objetos que, ao contrário dele, não tem vida, não pulsam, são estáticos (parados). Assim, notamos que o eu-lírico se torna uma espécie de anúncio.
Perceba como é importante analisar os versos com muita calma, procurando o sentido de cada palavra e relacionando-a com todo o texto.
Para terminar, vamos esclarecer dois conceitos:
- eu-lírico: é a entidade criada pelo autor em um poema ou canção e que tem os sentimentos, os pensamentos e as ações descritos no texto de caráter lírico (voltado para o eu, para o íntimo, para o subjetivo).
- subjetivo: ligado ao sujeito; às ações, aos sentimentos, às opiniões, sensações e pensamentos de alguém. Por exemplo, a linguagem do poema é subjetiva, pois fala dos sentimentos e pensamentos do eu-lírico.

O PARÁGRAFO

O parágrafo é uma unidade de composição constituída por um ou mais de um período, em que se desenvolve uma ideia central, ou nuclear, a que se juntam outras ideias, secundárias, que se relacionam pelo sentido e que surgem logicamente da ideia central. (cf. GARCIA, Comunicação em Prosa Moderna, 1986, p. 203)
Assim, entendemos que as principais características de um bom parágrafo são:
Unidade: o parágrafo deve ser construído em torno de uma ideia central, nuclear;
Evolução: o parágrafo deve evoluir por meio da agregação de ideias secundárias;
Harmonia: as ideias secundárias devem conservar ligação, nexo e conexão entre si;
Lógica: as ideias secundárias devem surgir logicamente da ideia central.

Outras dicas para a produção de textos:


- Lembre-se de deixar um espaço inicial ao começar seu parágrafo (mais ou menos dois dedos).
- Não se esqueça de que a letra inicial do começo do parágrafo deve ser maiúscula.
- Também não se esqueça de que após o ponto, a letra inicial deve ser maiúscula.
- Em seus parágrafos, sempre vá até o fim da linha, se a palavra não couber, faça a divisão de sílabas.
- Evite gírias, abreviações, marcas de oralidade e expressões do “internetês” em suas produções textuais que exijam linguagem culta.
- Em seu parágrafo, construa períodos curtos, a fim de não confundir as ideias.
- Fique atento à proposta de redação: cumpra todos os objetivos propostos e não vá além do que foi pedido.


Aprofunde-se:
http://www.klickeducacao.com.br/2006/materia/21/display/0,5912,POR-21-101-1025-,00.html

POLISSEMIA E AMBIGUIDADE

Polissemia é a propriedade que as palavras têm de possuir mais de um significado dentro de um mesmo campo semântico. Assim, em um verbete de dicionário, uma mesma entrada lexical pode aprensentar diferentes acepções (significados).
A polissemia está relacionada ao uso discursivo que se faz de uma mesma palavra. Nas sentenças a seguir, o significado da palavra em destaque muda de acordo com o contexto em que ela está inserida.

Meu cachorro quebrou a perna.
Consertei a perna da cadeira.
Ela gosta de “bater perna” no shopping.

Contudo, em certos enunciados, o contexto permite que compreendamos a mesma sentença com mais de um sentido. Quando isso acontece, temos uma sentença ambígua. A ambiguidade pode ser gerada por uma palavra polissêmica que esteja presente na sentença.
Veja o exemplo:

Em propaganda de uma escola de inglês e espanhol estava escrito: “Duas línguas dão mais prazer do que uma”.

Se eu ignorar que se trata de uma propaganda de escola de idiomas, posso entender que a palavra língua na sentença tem o sentido de órgão da boca.

Agora se eu souber que se trata de uma propaganda de escola de inglês e espanhol, então compreenderei que a palavra língua na sentença tem o sentido de idioma.

Porque / Porquê / Por que / Por quê

Porque é usado introduzindo:
explicação:
Não reclames, porque é pior.
causa:
Faltou à aula porque estava doente.

Por que é usado equivalendo a:
pelo qual, pelos quais, pela qual, pelas quais
As ruas por que passei. (As ruas pelas quais passei.)
motivo, razão e causa nas frases interrogativas diretas em indiretas
Por que você fez isso? (interrogativa direta)
Não sei por que você fez isso. (interrogativa indireta)

Porquê é usado como substantivo, é sinônimo de “motivo”, “razão”
Não sei o porquê disso.

Por quê é usado no final de frase interrogativa. O “que” torna-se tônico, justificando, pois, a presença do acento gráfico.
Você fez isso por quê?

MARCAS DE ORALIDADE NA ESCRITA

Marcas de oralidade são palavras, expressões ou construções frasais próprias da fala que venham a aparecer na escrita. Por exemplo, “tipo assim”, “tá”, “simbora”, “vo”, “num vo”, “esto”, “chegá”, “pra”.
Muitos escritores usam essas marcas de oralidade como recurso de expressividade, especialmente em poemas e textos narrativos, uma vez que desejam caracterizar personagens ou conferir realismo às suas obras. Contudo, o uso dessas marcas em textos que exigem linguagem formal não é bem visto. Por isso, devemos evitá-las em currículos, redações oficiais, provas, dissertações, cartas comerciais ou outros documentos.
Também não devemos usar nos textos citados acima qualquer espécie de abreviação ou expressão típica da internet (vc, blz, bjs, naum, kd vc?...).